quinta-feira, 26 de julho de 2012

Botos em perigo na Amazônia

Botos cor-de-rosa (Inia geoffrensis) estão sendo mortos para servir de iscas na pesca da piracatinga (Callophysus macropterus), um peixe pouco nobre conhecido também por Urubu d'agua por comer restos de animais mortos, agora este peixe é encontrado nas feiras com nomes de douradinha ou piratinga.
O aumento da captura da piracatinga está associada aos casos cada vez mais comuns de matança de botos na região. A gordura do boto é um excelente atrativo para este peixe, que não é muito apreciado no Brasil mas sim na Colômbia, onde vai para venda, sem fiscalização, através do porto de Tabatinga, que fica a 1.108 km de Manaus. O peixe chega à Bogotá, capital do país, onde é transformado em filés, antes de ser vendido no mercado doméstico ou exportado para o Japão.


O vídeo esta sendo divulgado pela Associação Amigos do Peixe-boi-da-amazônia (Ampa)

O boto é um golfinho que vive em ambientes fluviais, não correndo em ambientes marinhos. 


Dentre os golfinhos de rios, o boto é o maior deles podendo atingir nos machos cerca de 2,55 metros de comprimento de corpo e ter um peso corporal de 200 kg, e para as fêmeas estes valores máximos é de 2,25m de comprimento de corpo e peso corporal de 150 kg. Esta diferença no tamanho e no peso corporal mostra que para esta espécie existe um dimorfismo sexual em relação ao tamanho do corpo. Com grande distribuição dentro da bacia amazônica. Ocorre em cerca de 6 países da América do Sul: Colômbia, Bolívia, Brasil, Venezuela, Peru e Equador. Sua área de ocupação é de cerca de 7 milhões de km². O boto possui hábitos sociais de formação de grupo, porém estes grupos são formados com poucos indivíduos, entre 4 animais ou mais. A maioria dos grupos são de dois animais, no qual incluiria as fêmeas e seu filhote.

Infelizmente a cada ano sua população diminui 10%.

Um comentário:

Leila Gesing disse...

Muito bommmm!!!! que orgulho de você, Lê! Estou encantada por biologia graças a você O Blog tá lindo. Uma delícia de ler! Bjoca!