sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Lago Natrão e seus cadáveres.

O Lago Natrão, no norte da Tanzânia é uma porção de água que pode alcançar temperaturas de até 120ºC, e seu pH vai entre 9 e 10.5. O nome vem do natrão, composto a base de carbonato de sódio e bicarbonato de sódio, é tão salgado que é venenoso para a maioria dos animais, proveniente das cinzas vulcânicas de um vale na região.

Esse poço mortal abriga um tipo de tilápia ultra-resistente (Alcolapia alcalica), mas é fatal para outros animais. Aves que se acidentam em suas margens, iludidas pela superfície refletora do lago, têm um destino cruel: acabam mortas e calcificadas, como estátuas. Flamingos que tentam usar suas ilhas de sal como ninho correm o mesmo risco.

O fotógrafo Nick Brandt, explorador da África e diretor do clipe de Earth Song, de Michael Jackson, visitou o Lago Natrão em 2010 e fotografou o resultado macabro do contato da água com os corpos mortos dessas aves. As imagens estão disponíveis no site do fotógrafo, que está lançando um novo livro de fotos, Across the Ravaged Land.

"Ninguém sabe ao certo exatamente como eles morrem, mas parece que a natureza reflexiva extremo da superfície do lago confunde-los, fazendo-os cair dentro do lago", disse Nick Brandt. 

Brandt tirou as carcaças calcificados e posicionou-los antes de tirar suas fotos.

"Eu tomei essas criaturas como eu os encontrei no litoral, e, em seguida, colocou-os em posições viva, trazendo-os de volta para a vida como se fosse", disse ele. "Reanimado, vivo outra vez na morte."











Fonte: New Scientist.
           Mnn (Mother nature network).

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Tigre da Tasmânia


O Tigre da Tasmânia foi o maior marsupial carnívoro conhecido dos tempos modernos. Nativo da Austrália e Nova Guiné, acredita-se que foi extinto no século 20. 

É comumente conhecido como tigre da Tasmânia (devido a suas costas listradas) ou lobo da Tasmânia. Foi o último membro sobrevivente de seu gênero, Thylacinus, embora um número de espécies aparentadas tenha sido encontrado nos registros fósseis que datam do início do Mioceno. 

O tilacino foi extinto no continente australiano milhares de anos antes da colonização europeia, mas sobreviveu na ilha da Tasmânia junto com um número de espécies endêmicas, como o diabo da Tasmânia.

A caça intensiva encorajada por recompensas é geralmente a culpada por sua extinção, mas outros fatores podem ter contribuído, como doenças, a introdução de cães e a invasão humana de seu habitat.

Apesar de ser oficialmente classificado como extinto, de vez em quando há relatos de que ele foi avistado.

Vídeo raro de 1933 do Tigre-da-tasmânia, também usado no filme "O caçador" onde revela uso de espécies raras por empresas. Realidade que não termina.



Filme "O caçador" com imagens do Tigre da Tasmânia.




sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Nova espécie de mamífero é descoberta

Cientistas norte-americanos anunciaram nesta quinta-feira (15) a descoberta de um novo mamífero que vive nas florestas da Colômbia e do Equador.

Batizado de olinguito, ele é a primeira espécie de animal carnívoro identificada nas Américas nos últimos 35 anos e é extremamente raro.

Os cientistas procuravam pelo animal há mais de 10 anos. Com cerca de 35 centímetros, o olinguito passeia durante a noite e vive sozinho, tendo apenas um filhote a cada gestação.

“Isso nos faz lembrar que o mundo não foi totalmente explorado e que a era das descobertas está longe de acabar”, disse o zoólogo Kristofer Helgen, do Instituto Smithsonian.




Fonte: Poucos minutos e Marc Gurney

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ato público em defesa do Parque Nacional do Iguaçu

O Ato público em defesa do Parque Nacional do Iguaçu realizado dia 23/06 foi resultado do repúdio ao Projeto de Lei (PL) n° 7.123/2010 de auditoria do Deputado Assis de Couto (PT/PR), que institui a "Estrada Parque caminho do Colono" no Parque Nacional do Iguaçu (PNI). Segundo o PL, a Estrada Parque teria trajeto semelhante ao da Estrada do Colono, caminho de terra de 17,6 km de extensão aberto ilegalmente em 1954, data posterior a criação do PNI em 1939 e fechada oficialmente em 1986 por ser considerada um risco a segurança nacional em um contexto fronteiriço.

O manifesto é contra a reabertura dessa estrada pela mesma comprometer a integridade do PNI, cortando ao meio o ultimo remanescente florestal continuo de Mata Atlântica do Interior.

O PL cria uma categoria de conservação não prevista na Lei 9.985/2000 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), alterando a legislação nacional para atender interesses regionais afetando assim a conservação da biodiversidade.

As pressões do entorno sobre o PNI são cada vez maiores além do Turismo em massa e caça ilegal, em 2011 a zona de amortecimento do Parque foi reduzida de 10 km a 500 m, sem consulta a comunidade ou avaliação de impacto ambiental. Ao colocar em perspectiva as ameaças a biodiversidade e a efetividade do PNI como UC o PL n° 7.123/2010 representa um contrassenso. Em termos legais, é inconstitucional e impõe uma fragilização sem precedente a Lei 9.985/2000 do SNUC.

 
 
 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Encerra o Fórum Mundial de Meio Ambiente - Resultados dos Debates

O Fórum Mundial de Meio Ambiente reuniu lideranças empresariais, políticas, pesquisadores e organizações socioambientais para debater ações relacionadas à preservação dos mananciais de água, o acesso à água potável e ao saneamento.


Evento realizado em Foz do Iguaçu, berço das majestosas Cataratas do Iguaçu, Patrimônio Natural da Humanidade, contou com a presença do governador do Paraná, Beto Richa; da ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, e de Eduardo Braga, senador do Amazonas. Entre os palestrantes estavam o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga; o ativista e advogado norte-americano especializado em direito ambiental, presidente da Waterkeeper Alliance e professor da Pace University Schoolof Law., Robert Kennedy Jr.; o presidente da Ocean Futures Society (OSF), Jean-Michel Cousteau; e a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Como resultado dos debates realizados durante o Fórum Mundial de Meio Ambiente:

Considerando o preocupante estado ambiental do Planeta, que alcança níveis alarmantes de degradação e que já ultrapassou ou está prestes a ultrapassar os limites ecológicos e a capacidade de recuperação e resiliência dos oceanos, florestas e rios;

Considerando a alarmante situação da maior parte dos biomas, cuja degradação põe em risco o provimento de serviços ambientais essenciais para a prosperidade das sociedades humanas, incluindo tanto o crescimento econômico quanto a redução da pobreza e da desigualdade social;

Considerando a crescente escassez e poluição de recursos hídricos, vitais às grandes cidades, à produção agropecuária e à preservação da saúde humana;

Considerando o crescente engajamento de toda a sociedade global na agenda de sustentabilidade, incluindo a sociedade civil, os consumidores, as empresas, as organizações não governamentais, as instituições de pesquisa e ensino e os órgãos de governo; 

Considerando a necessidade de mudanças radicais nos atuais padrões de produção e consumo, com o objetivo de reduzir a pegada ecológica e promover a inclusão social; 

Considerando que a velocidade das mudanças ainda está lenta, diante da urgência de mudança radical no estilo de desenvolvimento dos países, estados e municípios; bem como das empresas privadas e sociedade civil. 

A partir dessas considerações, o FÓRUM MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE propõe: 

1. Uma profunda reflexão a toda a sociedade global, acerca dos seus hábitos e padrões de produção e consumo, visando ao apoio a sistemas de produção de menor impacto ecológico e com maiores benefícios para a redução da pobreza e da desigualdade social.

2. A adoção de boas práticas socioambientais por empresas, empreendedores e produtores privados, com o objetivo de reduzir o impacto ecológico e aumentar os benefícios sociais dos seus sistemas de produção.

3. A proteção a estuários marinhos, manguezais e oceanos, por meio de políticas públicas, campanhas de educação e legislação específica no âmbito federal, estadual e municipal.

4. A formulação e implementação de políticas públicas inovadoras e ousadas por parte dos governos nacional (federal) e subnacionais(distrital, estadual e municipal), que garantam a proteção de mananciais, distribuição eficiente e equitativa de recursos hídricos e o acesso integral à água e a saneamento para toda a população do País em curto prazo.

5. O fomento à inovação tecnológica, voltada para catalisar mudanças nos atuais sistemas de produção e consumo, em todas as escalas; do global ao nacional e subnacional.

6. O estímulo ao engajamento de todas as sociedades do Planeta, nas diferentes escalas, voltado ao desenvolvimento e implementação de soluções criativas para a promoção do desenvolvimento sustentável.

7. O apoio para a definição e adoção dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, aprovados na Rio+20 pela ONU, e que devem servir de bússola para a humanidade se orientar quanto aos caminhos do seu desenvolvimento no período de 2015 a 2030.

8. Que o empresariado brasileiro, a sociedade civil e seus representantes políticos envidem os esforços necessários para a urgente aprovação da legislação sobre pagamento por serviços ambientais, bem como a consolidação e fortalecimento da agenda ambiental e de proteção dos direitos das minorias – inclusive dos indígenas.

9. Que o Paraná, como sede do evento, amplie seus compromissos com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, alinhando todas suas políticas setoriais com esse objetivo.

10. Que os países vizinhos ao local desse evento - Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil -ampliem a cooperação técnica, financeira e institucional, com o objetivo de implementar programas e projetos voltados à conservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável.

RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES

Considerando a gravidade das mudanças climáticas e a urgência de adoção de medidas para mitigação e adaptação;

Considerando a importância deste Fórum Mundial de Meio Ambiente para o avanço da agenda ambiental brasileira;

Plataforma de Ações Imediatas:

1. Não criação da Estrada Parque entre Serranópolis e Capanema, cruzando o Parque Nacional do Iguaçu, e a manutenção da vazão constante do Rio Iguaçu, por meio de uma operação integrada entre as cinco hidrelétricas já implantadas e a UHE Baixo Iguaçu;

2. Aprovação no Congresso Nacional do projeto de lei de Pagamento por Serviços Ambientais antes da Copa do Mundo de 2014, constituindo uma força tarefa para identificar mecanismos de financiamento de PSA envolvendo o LIDE Sustentabilidade, o LIDE Agronegócios e o LIDE Economia;

3. Criação de incentivos tributários para os serviços de saneamento, incluindo a retirada da cobrança do PIS e Cofins; 

4. Estabelecimento de uma aliança pelos oceanos, congregando empresas, governos e a sociedade civil, com a meta de ampliar as ações de conservação marinha e educação da sociedade em geral sobre as ameaças aos oceanos;

5. Desenvolvimento e adoção de métricas claras e objetivas para melhoria constante da gestão ambiental e da sustentabilidade nas esferas privada e pública;

6. Aceleração da implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, dando especial atenção à eliminação dos lixões até 2014 e à inclusão das cooperativas de catadores de lixo nos processos de logística reversa;

7. Estimular sistemas de produção agropecuária que reduzam o uso de agrotóxicos e sua toxicidade;

8. Estabelecimento de um mecanismo claro de relacionamento econômico entre a conservação e a ampliação de florestas e a geração e o consumo de água;

9. Estabelecimento de um diálogo nacional sobre as obras do setor elétrico no País, em especial no que tange à construção de novas barragens na Amazônia;

10. Diálogo com os movimentos de protestos que ocupam as ruas brasileiras, visando à valorização política da agenda ambiental.


Benedito Braga, Presidente do Conselho Mundial das Águas


Ex-ministra e ex-senadora Marina Silva.

Jean Michel Cousteau, filho do grande Jacques Cousteau



                            



Fontes: CDN Comunicação Corporativa e LIDE.
Imagens: Sidney Novaes Junior e Letícia da Costa

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Paraná sedia Fórum Mundial do Meio Ambiente na cidade de Foz do Iguaçu.

O Paraná irá sediar nesta sexta-feira e sábado (21 e 22), em Foz Iguaçu, o Fórum Mundial de Meio Ambiente que, de maneira inédita, será realizado por lideranças empresariais e governo para debater assuntos relacionados ao tema “2013: Ano internacional da cooperação pela água”. 

O governador Beto Richa fará a abertura do Fórum, sexta-feira, às 12 horas, ao lado da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; do secretário do Meio Ambiente do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, e de autoridades na área ambiental. 

Cerca de 400 lideranças empresariais, políticas e organizações socioambientais trocarão experiências de gestão durante o evento, que está sendo realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), com o apoio do Governo do Estado. O encontro terá a participação de Robert F. Kennedy Jr. e de Jean-Michel Cousteau.

"O Fórum Mundial do Meio Ambiente debaterá o tema água, com personalidades nacionais e internacionais, para apontar caminhos sustentáveis no uso deste recurso, ampliar os conhecimentos e apontar soluções e tendências", declarou o governador Beto Richa.

Serão debatidos temas como “A crise global da água”, “Gestão da água no Brasil e no mundo”, “Serviços ambientais dos oceanos” e “Os desafios do desenvolvimento sustentável e não sustentado”.

“Para o Paraná é um grande momento, já que este Fórum demonstra a prioridade que o tema meio ambiente está tendo na agenda do setor empresarial", afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida. 

De acordo com o presidente do LIDE, João Doria Jr, o Fórum fortalecerá o conceito de sustentabilidade para a preservação socioambiental e fomentará parcerias pela água como prioridades máximas.

Entre os comprometimentos do Fórum, ele destaca a preservação dos mananciais de água, o acesso à água potável e ao saneamento. “Fortalecer o compromisso político e empresarial com o desenvolvimento sustentável do planeta é uma forma de consciência pública e cidadania”, diz Doria Jr.

PALESTRANTES - Um dos palestrantes convidados é Robert F. Kennedy Jr., ativista e advogado especializado em direito ambiental, que já foi nomeado pela revista Time como um dos “Heróis do Planeta”, por sua contribuição na luta para salvar o rio Hudson, em Nova York, e fez parte de manifestações com um grupo de ambientalistas diante da Casa Branca contra a construção de um oleoduto. É filho do ex-senador norte-americano Robert F. Kennedy. 

O outro palestrante internacional é Jean-Michel Cousteau, que segue inspiração do pai, o oceanógrafo, mergulhador e explorador francês Jacques Cousteau na luta pelos oceanos. Ele fundou em 1999 a Ocean Futures Society (OFS) - organização sem fins lucrativos a favor da proteção dos habitats do alto-mar. 

O evento também promete reunir celebridades nacionais engajadas com o tema, entre eles, o casal Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli, a jornalista Rosana Jatobá e os atores Márcio Garcia e Victor Fasano.

Mais informações sobre o evento estão no site do fórum mundial de meio ambiente.

PROGRAMAÇÃO - Em paralelo às palestras, o Fórum Mundial de Meio Ambiente trará seis workshops, com exposições sobre “Gestão de recursos hídricos: participação da sociedade civil”; “Gestão de unidades de conservação: Parque Nacional do Iguaçu, um exemplo brasileiro e argentino de sucesso”; “Água e saneamento: o papel da parceria público-privada”; “Pagamentos por serviços ambientais”, “Oceanos: ações em prol da sua conservação”; e "Como as empresas podem ser mais sustentáveis".

SOBRE O LIDE - Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em nove países e quatro continentes. Atualmente tem 1.300 empresas filiadas (com as unidades nacionais e internacionais), que representam 49% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil e no exterior, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para a educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.